.O amor pode chegar de diversas formas, mas depois de experiências que abalam, ele com certeza vem para reerguer castelos.
Letícia era uma mocinha que já havia sido traumatizada com a perda, contudo ela estava disposta a criar seus recomeços. Saindo do interior de Minas Gerais para os Estados Unidos, em uma nova tentativa de se reestabelecer com uma mesma família em que já fora au pair anteriormente nos Estados Unidos, ela acaba entrando em outra experiência frustrante e abusiva. Seu destino, no entanto, já parecia ter sido traçado em um encontro com Michael Forster no aeroporto, que, por acaso, acaba se tornando seu novo “chefe”. Em um processo de rematch, Letícia torna-se au pair da sobrinha de Michael, um homem mais velho, que carrega seus próprios traumas pela perda da esposa e da filha recém-nascida, e que jurara não apenas nunca mais se envolver com alguém, como também nunca mais ser pai.
Com tantos temas dolorosos como o do assédio moral no trabalho e principalmente o do luto, esse romance tinha tudo para ser bem pesado, mas Mari conseguiu fazer a história fluir com leveza. Especialmente, acredito eu, pela presença de Zoe, a sobrinha de Michael, que parecia ser uma ligação dos protagonistas não só entre si, mas com aquilo que lhes era mais querido em seus corações. De certa forma, Zoe os permitia criar raízes, e essas raízes possibilitaram as conexões que eles fizeram entre si. Esse é um livro não só para quem ama histórias de amor e de família, mas também para quem curte conhecer novas culturas nesse meio caminho. Ao longo do encontro de Michael e Letícia vamos descobrindo como funciona esse universo do programa das au pairs e todas as várias injustiças que ele possibilita, em especial pela situação de vulnerabilidade que é estar sozinha em um país estranho. A trama de Michael e Letícia é uma boa mistura do nosso tempero brasileiro com o charme estadunidense, da experiência com a inocência e de como enfrentando o luto de formas diferentes cada um possibilitou ao outro encontrar novas formas de voltar a viver. E eu acho que ainda ficou um paninho para manga para irmã de Michael ganhar um livro próprio, seria uma ótima oportunidade de reencontrar todos esses personagens e dá um final feliz para Kylie, porque ela merece.
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Tuísa Sampaio- IG: @tracinhadelivros
O viúvo que (não) queria ser pai
Reviewed in Brazil on September 5, 2023
Fabi Feliciano 💖
Lindo e emocionante
Reviewed in Brazil on July 18, 2023
Fabi Feliciano 💖
Reviewed in Brazil on July 18, 2023
Sabe aquelas histórias que em algum momento te deixam com o coração pequenininho e ao mesmo tempo te enche de emoção? Essa é uma dessas. Perfeita nos mínimos detalhes.
Mas como diz uma frase de Augusto Cury:
"O amor faz o ser humano ser capaz de superar os seus limites. Nós somos rápidos para exigir e lentos para compreender".
Michael passou por um momento que o fez se fechar e querer só sentir sua dor. Após ver seu desejo de ser pai se perder junto com a vida da mulher, nada mais fazia sentido.
Viver era uma coisa dolorosa e Michael só existia. A dupla perda o deixou traumatizado a ponto de enterrar seus sonhos e se afastar de todos.
Até que sua irmã precisa de ajuda e se muda de mala e cuia para sua casa. Kkk e com ela sua filha e a nova babá da pequena Zoe. O que Mike não imaginava, era que Letícia mexeria tanto com uma parte que ele julgava adormecida.
Leti era uma menina que também vinha de perdas traumáticas mas buscava viver e honrar a memória daqueles a quem perdeu e tanto amava. E é desse jeitinho que ela vai mostrando a Mike que eles tem mais em comum do que se imagina. E que se pode lidar com a perda de uma outra forma.
Mas o ponto alto da superação de Mike, é quando ele se dá conta que pode perder tudo que reconstruiu por não enfrentar seus medos.
Foi doloroso, difícil, dilacerante e emocionante ao extremo ver nosso mocinho enfrentar suas dores por amor a Leti e a baby Becky.
A história é linda, emocionante e sensível. Eu amei e te convido a se emocionar tbm.
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